TERCEIRO EPISÓDIO:
Sete anos atrás...
Começa advinha com o quê??? P-U-T-A-R-I-A.
Rose descobre que passou na
faculdade de Jornalismo, comemora exacerbadamente com sua amiga Débora e sua
família.
Mais tarde Rose e Débora vão
jantar em um restaurante “chique”, ao chegar, Rose pergunta se tem mesa para
duas pessoas, a moça descaradamente afirmara que não tem vaga, pois todas estão
reservada. Rose já percebe o racismo sendo praticado e rapidamente sai para avisar
a Débora que não tem vaga. Esta resolve fazer o que todos deveriam fazer, se
pronunciar e acabar com essas atitudes vergonhosas que alguns andam praticando.
“Eu vou esperar o gerente sim,
não tem problema não. Minha amiga passou no vestibular, essa preta aqui, que você
está barrando vai ser uma super jornalista e vai denunciar tudo quanto é
restaurantizinho racista como este.”
Quando ela mostra que não há
diferença, muito menos inferioridade em relação à etnia, o gerente chega, pondo
uma mesa para as duas, com direito a vinho e tudo.
Em outro dia as duas pegam um
ônibus(o qual Waldir dirige), e vão para um luau para comemorar o aniversário
de Rose. Em seguida vão ao quiosque de
Celso para comprar balinhas e uns “becks” (cigarro de maconha). Voltam para o
luau e começam a se divertir novamente, até que a polícia chega e acaba com a
festa, revistando todos... os negros!
Soltaram Débora e revistaram
Rose.
Rose(completa 18 anos logo nesse
dia, que azar “hein”, miga.) é presa como traficante, pois não quis entregar o
seu “magya”, Celso, que lhe vendeu as drogas. (não achei errado ela ter sido presa, já que é
contra as leis o uso indevido de drogas e ainda por cima ela não ter admitido que
Celso foi quem vendeu; porém o problema é que somente os negros foram
revistados, aumentando mais ainda o preconceito e a cegueira moral que
infelizmente se tornou algo habitual nos dias atuais0. Ah... advinha quem foi
que revistou e prendeu Rose? Isso mesmo, o policial que armou para a vizinha,
aquele que implantou drogas no quintal de Fátima para incrimina-la, isso mesmo,
Sargento Douglas.
A mãe de Rose, Zelita, sai da
casa da família de Débora, pois ela não aceitou o fato de Débora não ter
voltado para ajudar. Débora afirma que não voltou porque também estava com maconha,
mas queria muito ter ajudado, diz que Rose é como se fosse uma irmã. Zelita
dispara, “Se fosse irmã mesmo você teria voltado!”. Lucy, mãe de Débora, pede
para ela não falar assim, pois esta e Rose sempre foram tratadas como família.
Zelita
não aguenta e dispara mais uma vez sua cartada final:
“O empregado só é da
família enquanto serve” .
Depois disso, Zelita vai ver a
filha na cadeia e avisa que vendeu os livros da faculdade para pagar um
advogado e também avisa que Rose vai dar a volta por cima.
“A tapa que faz um cair, faz o
outro levantar”.
Dias atuais...
Rose sai da cadeia. Zelita está
morta. Rose vai até a casa de Débora.
Débora está casada com Marcelo,
ele não gosta da ideia de Rose ficar na casa deles pelo fato de ser ex
presidiária(olha mais um preconceito aí gente!), medo dela ter se relacionado
com algum bandido. Porém, ele acaba cedendo e aceitando.
Rose e Débora decidem sair à
noite, Marcelo se incomoda por ser numa quinta-feira(como se tivesse algum dia
e hora marcada para se divertir), mas as duas vão mesmo assim.
No restaurante, Débora conta como conheceu Marcelo, uma história bem louca, com o quê? Sim, mais sacanagem.
Rose comenta que acreditava que
quando saísse da cadeia, iria ver Débora com uns dois filhos. Débora se
emociona e conta que foi estuprada. (passa a cena, e sim, você sente a dor de
Débora). Rose fica chocada e pergunta se Débora deseja encontrar o sujeito,
pois a polícia não prende porque não quer, mas elas vão encontrar. Débora
afirma que essa é a sua supremacia desde então.
O que aprendemos hoje?
01- Mesmo
nossa sociedade brasileira sendo muito “mestiça”, ou melhor, diversificada,
existe um enorme preconceito mascarado. Algo que infelizmente está bem longe de
ser revertido.
02- Perceberam
mais uma vez a cegueira social do Sargento Douglas?
03- Em
muitos casos, lamentavelmente o empregado só é tratado como família quando está
servindo.
04- O
preconceito contra ex presidiários ainda é muito forte em nossa sociedade,
remetendo a uma exclusão social, que acaba contribuindo para o retorno desses
ao crime.
05- A
VÍTIMA NUNCA TEM CULPA.
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