Mais uma maravilhosa série
original da Netflix(primeira temporada já está disponível há tempos, corre!). Esta,
foi dirigida, escrita e produzida pelos irmãos Wachowskis e por J. Michael
Straczynski.
Sense8 trata basicamente de oito
pessoas comuns, que são os famigerados “sensates”. Os quais começam a partilhar
os mesmos pensamentos, as mesmas sensações, experiências, entre si. Cada um
mais diferente do que o outro, tanto em relação a sua orientação sexual e etnia
como na classe social e cultura.
Entre belas cidades e paisagens
incríveis, você pode viajar e conhecer o mundo pelos olhos da série. Esta mostra
diversos lugares do planeta: Alemanha, Coreia do Sul, México, Estados Unidos,
Índia, Quênia, Islândia e Inglaterra. E o mais interessante é que as cenas se
passam em locais reais, com o elenco principal viajando para todas as locações
pelas quais a série passa.
Sense8 aborda diversas temáticas
diferentes, como a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual, a não-aceitação
própria de sua orientação sexual, que ocasiona no precipício do bem estar afetivo e no bem estar profissional.
"A verdadeira violência, a violência que percebi que era indesculpável... é aquela que fazemos com nós mesmos quando temos medo de ser quem somos".
Algo que vale ser ressaltado, é o fato da Nomi, transexual, lésbica, hacker, ser interpretada por Jamie Clayton, que é transexual.
“Mas, o que tem de diferente ou importante nisso?”
Pense comigo... quantos filmes,
séries, novelas, você viu um personagem LGBTT? Muitos? Tudo bem. Agora pense novamente
nestes personagens, quantos deles realmente são pessoas LGBTT?
Pois é, atores cisgêneros e
heterossexuais fazem o trabalho de outra pessoa, que poderia estar
representando sua classe, seus semelhantes, que poderia estar ganhando um
salário para representar quem ele é de verdade. E não estar sendo
marginalizada, estuprada, espancada, morta.
Em meio as avenidas da
intolerância e de cara com as esquinas da falta do bom senso, essa classe além
de tudo que sofre, é largada e desempregada. Pois, nem conseguir se representar
na mídia, esta consegue. Mas, de uns tempos para cá esse quadro aos poucos vem
sendo alterado. Como a Jamie Clayton, também temos a Laverne Cox, de Orange is
the new black.
Voltando ao foco real da série...
Vamos combinar que ultimamente é
difícil encontrar uma produção de alto nível que tenha um enredo realmente
original. A maioria das séries, filmes e até mesmo games parece ser uma
sequência de algo já visto, ou um remake incrementado. Sense8 traz uma trama
original, única.
Seria realmente decepcionante não
ver algumas cenas de luta em uma série dos irmãos Watchowski, portanto Sense8
traz ótimas sequências de ação. Além dos impressionantes combates “mano a mano”
e cenas com armas, o fato dos protagonistas conseguirem transferir suas
habilidades físicas uns para os outros torna tudo ainda mais envolvente.
Conspirações são sempre um
tempero interessante para uma trama e Sense8 não deixou essa pitada de fora. É
claro que um grupo com habilidades sensoriais não iria ficar fora da mira de
pessoas (mais precisamente, organizações ligadas ao governo) que não querem
esse tipo de evolução solta por aí, certo? Certo. Esse elemento também ajuda a
alavancar cenas de ação e de união entre os oito sensates, que precisam lutar
para sobreviver.
Agora falando sobre as reações
que tive ao assistir...
O primeiro episódio tive um
choque de realidade bem grande, porém não entendi nada da série. No decorrer
dos episódios fui acostumando e começando a entender. Acabei me apaixonando e
me tornando claramente, eu mesmo, o nono Sensate Mello.
Espero que assistam e se apaixonem como eu.
Beijos e um abraço.
Beijos e um abraço.
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